Na apresentação do livro já foi mencionado que o objetivo de disponibilizar o conteúdo em Libras não tem a pretensão de padronizar ou definir sinais.
O vocabulário em Libras vem da minha experiência enquanto tradutora, da minha formação para ser professora de matemática, bem como da parceria de revisão com um tradutor experiente, o professor Rodrigo Machado.
Em nossas discussões sobre a tradução do livro pensamos que seria importante compartilhar, em particular, a nossa decisão sobre o sinal de ângulo. Sabemos que existem vários sinais para ângulo.
Diferentes modos de indicar a abertura, como por exemplo, com indicador e polegar, podendo ser o polegar apontando para cima ou com indicador apontado para cima; ou com indicador e dedo médio; ou ainda com as palmas das mãos; entre outros. Escolhi priorizar a variante com indicador e polegar, sendo este último apontado para cima, por entender que essa seria mais adequada para se relacionar com a sinalização de triângulo retângulo que é base para o estudo da Trigonometria. Refletindo também sobre a existência de diferentes sinais com os pesquisadores do GEPAM defendemos que as escolhas podem variar de acordo com o contexto discursivo visual.
É fundamental valorizar as várias formas de sinalizar um determinado conceito em Libras. Talvez, futuramente, as Comunidades Surdas padronizem um sinal, talvez não, o importante é respeitar a diversidade de formas de se expressar em Libras e, assim, refletir e aprender a beleza de outras formas de dizer matemática.